São 21:41, eu já comi e ainda estou com fome. Isso acaba comigo! Eu não comi muito é verdade, mas como emagrecer se apenas nos alimentarmos no “normal”? Para emagrecer é preciso comer bem menos que o normal, para que o corpo entenda que é preciso gastar aquela coisa toda que ele acumulou. Seja comendo bem menos, seja fazendo exercício físico (junto com a dieta).
Eu não tenho nenhum tipo de distúrbio alimentício. Nem compulsão, nem bulimia, nem anorexia (isso é óbvio) e essas coisas todas. Acho que no máximo me alimento com coisas bem calóricas e tomo bastante refrigerante.
Ou seja, mesmo que eu cortasse o refrigerante e comesse menos, isso ainda não ia adiantar muito para a perda de peso.
Para quem não é gordo deve ser difícil entender isso, mas não basta ter uma alimentação saudável para perder peso. Para manter a saúde talvez, mas não para emagrecer. E nem sempre essas duas coisas estão alinhadas, saúde e magreza. Quantas dietas malucas (e bem prejudiciais a saúde) eu vi pessoas fazendo. Tudo em nome da beleza, ou pelo menos, do padrão de beleza.
Eu tenho uma tia que é extremamente magra (ela usa 34/36) e no entanto ela não faz nenhum exercício físico, nada. Além disso ela ainda fuma. E as pessoas acham com certeza que ela é muito mais saudável.
Mas estou divagando.
Hoje eu acordei um pouco tarde pro meu horário, e tomei banho correndo. Fui trabalhar sem comer. Tomei chá verde gelado a manhã toda antes do almoço. Ás 13:30 fui comer num restaurante natural, comi carne de soja, arroz integral, salada verde, uma torta de frango com alho poró. Bebi chá mate (de verdade e não industrializado) com açúcar mascavo.
O pessoal comprou coca-cola de tarde no escritório e eu tomei um copo e meio. Depois, já no final da tarde (umas 18:30 pra ser mais exata), eu comi umas 4 bolachas tipo cookie.
Foi nostálgico ver aquelas comidas naturais, pois me lembrou muito todas as minhas outras dietas. Todas que eu já passei.
Numa mesa de magros eu era a única que sabia o que era stevia, pois nenhum deles nunca se importou em não comer açúcar, ou tentar emagrecer. E por mais que seja estranho, eu pareço sentir mais fome que eles. E cada grama que eu como parece valer muito mais.
“Não seja sedentária”, “Coma menos”, “Controle-se”, tudo isso sai constantemente da boca das outras pessoas, principalmente das magras “naturais”, aquelas que fazem tanto exercício quanto você e que comem tanto quanto você e no entanto perdem peso. É tão difícil assim entender que o dia tem 24 horas pra todo mundo?
Que eu acordo 8 horas, mais tardar, trabalho o dia todo e, na maioria das vezes, como hoje por exemplo, saio muito depois das 19 horas. Hoje eu saí do escritório às 20:30. Eu ainda escrevo os roteiros da minha revista em quadrinhos, tenho namorado, preciso tomar banho, preciso ler algumas coisas para o trabalho amanhã, preciso reescrever chamadas de um folder de um cliente que está atrasado e não pode passar de amanhã.
Além das coisas que não vai dar tempo de fazer, como falar com o Fred (desenhista da Patre Primordium) sobre a revista, ler pelo menos algumas páginas do livro que eu estou lendo (Caim – do Saramago), ou mesmo relaxar um pouco, escrever um post para um blog novo (ainda é segredo), escrever um conto do Mind This Song… Enfim… o meu dia também tem 24 horas, e eu não vou dormir tão cedo.
Não para acordar às 6 da manhã para caminhar na praia ou qualquer coisa que o valha. Coisa que me criticam muito: “Se você mora perto do mar, é TÃO FÁCIL caminhar de manhã e fazer exercícios físicos”. Para tanto eu tenho apenas uma coisa a dizer, isso tudo por que meu filho está viajando, pois se ele estivesse aqui eu ainda ia querer brincar com ele, fazer a tarefa da escola, assistir um pouco de desenho.
Estou um pouco rabugenta hoje, desculpem. Mas estou com fome, e não vou comer tão cedo. Talvez amanhã lá pelas 11.
Abraços.